Uma empresa brasileira criou um game on-line que tem como tema confrontos entres policiais e traficantes no Rio.
No “Favela Wars”, situado na capital fluminense de 2041, o jogador deve escolher a delegacia ou a favela como quartel-general e, com sua equipe, aniquilar todos os oponentes.
Os personagens traficantes chamam-se Genaro Hemorroida, Igor Preibói, Neymar Pitu, Nilmar Dacueba e Wellington Cachimbo. Policiais têm nomes menos atÃpicos, como Edgard Simões.
O jogo foi liberado ontem numa versão de testes. Segundo a desenvolvedora Nano Studio, o grande número de acessos fez com que ele ficasse inacessÃvel à tarde.
O lançamento da versão estável e dos aplicativos para Android e iOS deve acontecer em “três ou quatro meses”, segundo Dan Eisenberg, diretor da Nano Studio. O empresário minimiza uma eventual polêmica que o jogo possa causar.
“Nossa geração cresceu cercado de games. Não queremos fazer uma crÃtica social, é só um game de diversão”, diz Eisenberg, que teve a ideia de criar “Favela Wars” após presenciar um tiroteio na Linha Vermelha, via carioca.
“Se você acha que quem joga videogame vai sair por aà dando tiro, então você também acredita que quem fica jogando Farmville’ [que simula um sÃtio] no Facebook o dia inteiro vai virar fazendeiro”, escreveu a empresa em informativo enviado à imprensa ontem.
Procurada, a Secretaria de Segurança do Rio informou que não comentaria o game.
Outro jogo de tipo, o “Counter-Strike” já havia sido ambientado numa favela do Rio –o mapa foi criado por desenvolvedores brasileiros. O game chegou a ser proibido no paÃs por um juiz, que o considerou “atentado contra o Estado democrático e a segurança”.
Para jogar o “Favela Wars” é preciso baixar um software e fazer cadastro no site.
Armas e integrantes extras podem ser conseguidos com créditos, sejam eles conquistados em partidas ou adquiridos via cartão de crédito.
No arsenal disponÃvel, há armas com nome e aparência que correspondem a artefatos reais, como a pistola Desert Eagle, o fuzil M16 e o lança-granadas RPG-7.