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Junho 01, 2013

Marcha da Maconha: “Eu esperava mais respeito no Brasil”

Vermelho

Estudante uruguaia afirma que se decepcionou com o comportamento do brasileiro em relação à maconha.

Por Mariana Serafini, de Foz do Iguaçu, especial para o Vermelho

A Marcha da Maconha em Foz do Iguaçu começou pontualmente às 16h20, cantarolando o clássico de Bezerra da Silva, “vou apertar, mas não vou acender agora”, os manifestantes seguiram em direção à Praça da Paz. Universitários, sociedade civil organizada, profissionais liberais, famílias inteiras (com direito a cachorro e tudo) participaram da atividade que fomenta o debate para a legalização da maconha no Brasil.

Diferente das tantas outras marchas que aconteceram no Brasil no domingo (26), em Foz do Iguaçu a passeata contou com a presença não só de brasileiros, mas de estudantes vindos de vários países da América Latina, entre eles, Argentina, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai, e Venezuela. O ato teve pouco mais de 1 quilômetro de extensão e encerrou com uma grande festa no gramado da Praça da Paz, onde cada um pode expressar sua opinião e justificar sua presença na atividade.

A estudante uruguaia, Tania Rodriguez faz parte do Coletivo Pela Marcha da Maconha, movimento independente que organizou a atividade. Ela contou sua experiência no Brasil e o processo de descriminalização do Uruguai. “Quando a gente está lá fora [no Uruguai] a gente ouve falar muito do governo do Lula, de uma linha mais progressista e tudo isso e quando cheguei aqui me deparei com uma política que discrimina o maconheiro, isso me decepcionou muito, eu esperava mais respeito. No Uruguai é muito diferente, as pessoas que fumam maconha são respeitadas como qualquer outra”.

Para a estudante, no Brasil o sistema criminaliza, principalmente, o usuário de maconha que pertence às classes econômica mais vulneráveis. “A gente vê que o preconceito aqui é muito forte contra o maconheiro pobre, contra o favelado, contra o trabalhador de classe baixa”, disse.

A Marcha da Maconha em Foz do Iguaçu seguiu a mesma linha do movimento nacional, busca ampliar o debate, questionar a lei que criminaliza o usuário e pedir a legalização da maconha em todos os aspectos. “A gente não está aqui pelo direito de fumar maconha na rua, o movimento é muito mais amplo que isso, a gente quer plantar e estudar os princípios medicinais da maconha dentro das universidades, usar como matéria prima para uma série de medicamentos, combustíveis e outras tantas coisas que podem ser feitas com essa planta”, afirmou o integrante do Coletivo, Jimmy Carter.

O ato contou ainda com o apoio de pessoas que não fumam e, mesmo assim, apoiam a causa. “Eu não fumo maconha já faz uns 15 anos, mas acho importante esse debate porque falar de legalização da maconha é falar de saúde, de educação, de geração de emprego e renda, de segurança pública, por isso eu vim aqui dar meu apoio”, explicou o rapper Mano Zeu.
Zeu, que vive na periferia de Foz do Iguaçu desde a infância, afirma que o morador das regiões pobres é quem mais sofre com a proibição da planta e fez uma série de denúncias relacionadas à corrupção da polícia na fronteira. “O cara é preso porque usa maconha e aí tem drogas dentro do presídio, como que isso foi parar lá? É uma questão de corrupção em todas as esferas da sociedade. Nossa marcha foi tranquila, não teve nenhum problema com a polícia e nem eles tiveram problema com a gente. Nós somos pacíficos, mas jamais seremos pacificados”, encerrou.

O movimento pela legalização da maconha em Foz do Iguaçu está começando, os membros do Coletivo Pela Marcha da Maconha afirmam que esta foi só a primeira ação, a partir de agora serão realizados cinedebates nos bairros e atividades com música e outas expressões artísticas para falar sobre o assunto.

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