No dia 31 de agosto, mulheres de todo o mundo estarão nas ruas de São Paulo para reafirmar o feminismo como um projeto para mudar o mundo e nossas vidas! Estamos em marcha para transformar a sociedade! Queremos acabar com o machismo e o capitalismo, que também é racista, lesbofóbico e depredador da natureza. Afirmamos as alternativas feministas construÃdas pelas mulheres em todo o mundo!
Todas às ruas!
No dia 31 de agosto, mulheres de todo o mundo estarão nas ruas de São Paulo para reafirmar o feminismo como um projeto para mudar o mundo e nossas vidas!
Estamos em marcha para transformar a sociedade! Queremos acabar com o machismo e ocapitalismo, que também é racista, lesbofóbico e depredador da natureza. Afirmamos asalternativas feministas construÃdas pelas mulheres em todo o mundo!
Defendemos uma nova sociedade, que reconheça o trabalho doméstico e de cuidados feito pelas mulheres e o compartilhe com os homens e com o Estado.
Afirmamos o direito de ter autonomia sobre nossos corpos e nossa sexualidade, de decidir se queremos ser mães e quando. E é por isso também que defendemos a legalização do aborto.
Contra os transgênicos e o agronegócio, defendemos a agroecologia e a soberania alimentar, possÃveis apenas com a  reforma agrária.
Lutamos pela democratização dos meios de comunicação e pelo acesso à internet livre, por isso combatemos a lógica mercantil da propriedade intelectual.
Resistimos a todas as formas de controle do capital sobre nossos corpos, nossos territórios e nosso trabalho. Denunciamos a  criminalização das lutas sociais e amilitarização, a utilização da violência sexual e o  crescimento da prostituição onde existe presença militar.
Nosso feminismo tem raÃzes nas lutas locais de cada povo e alianças com movimentos sociais que compartilham de um mesmo objetivo: construir um mundo baseado em igualdade, liberdade, autodeterminação, justiça e solidariedade!
Nosso feminismo está em marcha até que todas sejamos livres!
Marcha Mundial das Mulheres
erca de 1,6 mil mulheres vindas de todo o mundo participam ao longo da semana do 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), na capital paulista. A abertura pública do evento acontece segunda-feira (26), no Memorial da América Latina. No entanto, a partir de hoje (25) o público já pode visitar a exposição Feminismo em Marcha, na Galeria Olido, no centro da cidade. Podem ser vistas projeções, fotos e faixas, entre outros materiais produzidos pelo movimento, mostrando a atuação da marcha em 62 paÃses.
Além de fazer um balanço das atividades dos dois últimos anos, serão discutidas pautas relativas à s mulheres em todo o mundo. “Vamos fazer um balanço dessa trajetória de construção de um feminismo popular, enraizado nas lutas locais, mas também articulado a partir de ações internacionaisâ€, ressalta Tica Moreno, da coordenação nacional da MMM, sobre o evento que marca o fim da gestão brasileira no movimento. “Desde 2006, a coordenação internacional da marcha está aqui no Brasil. Foi um perÃodo que a gente apendeu muitoâ€, acrescentou.
As pautas serão discutidas dentro da proposta que considera que as reivindicações sociais estão intimamente ligadas à s demandas feministas. “Os desafios que a gente enfrenta para mudar o mundo e a vida das mulheres são as questões mais globais do capitalismo patriarcal, da divisão sexual do trabalho, da forma de organização da sociedade de mercado. Não basta um feminismo que beneficia apenas setores das mulheresâ€, pontua Tica.
No Brasil, ganham destaque as violações de direitos humanos ligadas à s grandes obras e eventos esportivos. “Quando a gente fala, por exemplo, da prostituição, que é usada nos territórios das grandes obras, que cresce entre as mulheres pobres das cidades, é um fator que gera tanto dinheiro para um mercado, mas também prazer, alÃvio e poder para os homensâ€, explica a militante.
O direito ao aborto, que teve a discussão acirrada com a tramitação do Estatuto do Nascituro – Projeto de Lei (PL) 478/2007 –, também é um dos temas que preocupa as participantes da marcha. “Hoje, no Brasil, por mais que todas estejam na clandestinidade, as mulheres que sofrem mais com a questão do aborto são aquelas que não conseguem pagar para ter um aborto seguroâ€, disse Tica, após comentar que considera o estatuto, em tramitação na Câmara dos Deputados, parte de uma ofensiva contra os direitos das mulheres.