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Setembro 17, 2013

PM despeja famílias com violência no Grajaú, veja vídeos

despejo graja from Rede Extremo Sul on Vimeo.

Relatos da trincheira parte 01. from Rede Extremo Sul on Vimeo.

 

O dia em que Haddad soltou a polícia em cima de famílias no Grajaú

Passa Palavra

Prefeito da capital paulistana não cumpre acordo e libera ação policial truculenta para realização de despejo. Por Passa Palavra

 

As famílias que ocupavam um terreno ocioso da Prefeitura de São Paulo no bairro do Itajaí, região do Grajaú, amanheceram nessa segunda-feira, 16 de setembro, com a chegada inesperada da Tropa de Choque da Polícia Militar e agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Conforme relatam os moradores, a ação de despejo foi extremamente violenta e os policiais não fizeram qualquer cerimônia em usar expedientes ilegais de repressão. Dois militantes da Rede Extremo Sul foram presos na ação: um deles, acusado de “resistência à prisão”; o outro, “detido para averiguação”. Após atuação de um advogado do movimento, ambos foram liberados por volta das 14h.

“Não teve discussão, não teve agressão [da parte das famílias], não teve nada” – relatou um morador que estava no 85º Distrito Policial acompanhando os militantes da Rede Extremo Sul. Dona Noelia de Santos, 45 anos, conta que estava com a neta de 2 anos no colo quando uma bomba de efeito moral explodiu no seu pé. Perguntada se os policiais traziam alguma ordem judicial, ela diz: “Não apresentou nada, simplesmente se posicionou. A gente pediu um tempo pra juntar nossas coisas e eles já foram jogando bomba.”

Veja vídeo-denúncia da ação policial aqui.

A Polícia Militar não apenas usou de todo o seu tradicional arsenal repressivo – lançando bombas de efeito moral em cima de mulheres e crianças de colo, gás de pimenta e balas de borracha – como roubou a câmera que estava em posse de um dos militantes detidos e pelo menos 16 telefones celulares de moradores que filmavam a ação. Foram apreendidos ainda, sem destino confirmado, fogões, geladeiras e aparelhos de televisão. Perguntados sobre os celulares e a câmera subtraídos, os policiais na delegacia respondiam com toda desfaçatez e segurança que não sabiam do que se tratava.

Quem deu a ordem?

Vestígios da política habitacional popular de Haddad

É verdade que a Polícia Militar responde a ordens do Governo do Estado, mas, neste caso, ela não poderia realizar uma ação de reintegração de posse num terreno cuja propriedade é da Prefeitura. E a desconfiança de que haveria aí a intervenção do prefeito foi confirmada já às 9h, quando o secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), Marco Antônio Biasi, ligou para uma pessoa do movimento e disse que nada poderia fazer já que  a ação era uma ordem dada por Fernando Haddad, prefeito da capital.

A atitude gerou ainda mais indignação nas famílias porque na quarta-feira da semana passada, em reunião com representantes da ocupação, Biasi garantiu que a posição da Prefeitura era a de não realizar novo despejo até que, no prazo de sete dias, a pasta apresentasse publicamente uma proposta habitacional.

Com esta atitude Haddad não apenas deita por terra qualquer ilusão sobre o caráter popular de sua gestão,  como confirma que é despreparado para lidar com demandas sociais estruturais, das quais a questão habitacional em São Paulo é apenas um exemplo.  Ainda mais grave, para ele, o jovem prefeito dá sinais de que não irá muito longe em sua carreira política na medida em que não tem força para fazer cumprir um acordo político mínimo, sendo capaz de agir com alto grau de covardia sempre que necessário.

No meio da barbárie, um ato de solidariedade

Assim que foi encerrada a ação da polícia, cerca de 200 famílias ficaram sem ter para onde ir. Muitas tentavam ainda recuperar documentos e pertences, aproveitar pedaços de telha, de madeira e outros materiais de construção. Crianças de colo foram levadas ao Pronto Socorro pois tinham problemas respiratórios em decorrência da inalação de gases das bombas. Muitas pessoas feridas pelas cacetadas, bombas e balas de borracha lançadas pela polícia. Um cenário de horror.

Ao final da tarde, porém, famílias da ocupação Jardim da Vitória, localizada num terreno próximo, também no Grajaú, organizavam uma forma de receber parte das famílias despejadas que não conseguiriam se arranjar com parentes e amigos. Pedaços de lona, cobertores e algum alimento foram rapidamente arrecadados e repartidos.

E de amanhã em diante, sabe-se lá…

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