AQUI VÃDEO EXIBIDO NA GLOBO MOSTRA HOMENS – PROVAVELMENTE POLICIAIS INFILTRADOS – ATIRANDO
AQUI PMS CONVERSAM ENTRE SI E DIZEM: “TEM QUE MIRAR NO PEITO DOS CARAS”
Rio - O jovem Rodrigo Gonçalves Azoubel, de 18 anos, foi baleado durante a manifestação dos professores que ocorreu na noite desta terça-feira no Centro do Rio. Ele foi atingido nos dois antebraços quando estava na Rua Santa Luzia, esquina com a Avenida Rio Branco. A origem dos disparos ainda é desconhecida.
Azoubel foi encaminhado durante a madrugada para a ClÃnica São Vicente, na Gávea, onde foi operado e passa bem. Segundo boletim médico, ele permanecerá internado por mais uma semana, onde deverá ser submetido à outra cirurgia para a fixação da fratura. O procedimento foi realizado pela equipe do Dr. Carlos Eduardo Essinger, ortopedista e traumatoligsta.
Policiais da Corregedoria da PM foram rapidamente durante a madrugada até a clÃnica onde o jovem está internado para recolher os projéteis, mas como as balas atravessaram o corpo do rapaz, nada foi encontrado.
O jovem é filho de Roberto Azoubel da Mota Silveira, doutor em Literatura pela PontÃficia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ), e de Flávia Lacerda, diretora da Rede Globo. Em seu perfil no Facebook, Rodrigo aparece em várias fotos usando máscara de gás como disfarce.
Por volta das 11h, o delegado Orlando Zaccone, da 15ª DP (Gávea), chegou à clÃnica onde a vÃtima está internada para tomar depoimentos e tentar descobrir a origem dos disparos ocorridos durante o protesto.
PM detém mais de 200 manifestantes
Mais de 200 pessoas foram detidas na noite desta terça-feira, após confrontos com a PM no Centro do Rio, no fim da manifestação sem incidentes que reuniu cerca de 10 mil profissionais de Educação, no Dia dos Professores. Eles foram levados para dez delegacias da cidade. Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas. Os números são da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No fim, a polÃcia desocupou as escadarias e a frente da Câmara dos Vereadores, ocupadas desde julho.
No total, 208 pessoas teriam sido detidas. Pelo menos cinco micro-ônibus da PM foram usados para levar 156 detidos para a 22ª DP (Penha), 32ª DP (Taquara), 25ª DP (Engenho Novo), 29ª DP (Madureira) e 37ª DP (Ilha do Governador). Para esta última, segundo policiais do Batalhão de Choque, foram levados 27 manifestantes, sendo cinco menores. Eles integrariam o grupo que acampava na Cinelândia. A mãe de um deles, que não se identificou – disse nem saber se o filho tinha participado do protesto. Com o grupo, segundo a PM, foram apreendidas luva, máscara de gás, atadura e uma bandeira com o sÃmbolo do Anarquismo.
Na 25ª DP, um cinegrafista da TV Record teria dito algumas palavras que não agradaram os profissionais detidos e os mascarados dos Black Blocs, um tumulto se formou e ele acabou sendo autuado.
Os outros cerca de 50 detidos foram encaminhados para 5ª DP (Mém de Sá), 6ª DP (Cidade Nova), 12ª DP (Copacabana), 17ª DP (São Cristóvão) e 19ª DP (Tijuca). Alguns deles eram menores. Na unidade de Madureira, todas as 29 pessoas foram liberadas. O OAB não soube informar o motivo da pulverização dos detidos em tantas delegacias. A PolÃcia Ciivl ainda não se manifestou sobre o fato.
De acordo com um oficial do BPChoque, pelo menos 10 PMs teriam ficado feridos nos embates com manifestantes e mascarados nos bairros da Lapa, Centro e Glória. Dois deles seriam motoristas de dois micro-ônibus da corporação destruÃdos. Um foi agredido a pauladas e outro atingido por uma pedrada. Outras 13 viaturas teriam sido danificadas. A PolÃcia Militar ainda se pronunciou oficialmente sobre os danos e os incidentes. Durante toda a madrugada desta quarta-feira, advogados da Ordem dos Advogados do Brasil e do Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH) acompanharam os detidos nas delegacias.
Destruição, desocupação e limpeza no Centro
Um mutirão de limpeza tomou contou de ruas próximas a Cinelândia, no Centro, durante a madrugada. Equipes da Comlurb limpavam calçadas e recolhiam destroços do embate e das depredações de prédios, bancos e estabelecimentos comercias. Caminhões e retroescavadeiras foram usados.
Na Cinelândia, policiais militares detiveram manifestantes acampados desde julho em frente a Câmara dos Vereadores. Após a expulsão, os policiais destruÃram o acampamento montado. Às 4h, funcionários da companhia de limpeza usavam jatos d´água e produtos para apagar as pichações da fachada da Casa Legislativa Municipal. A PM e a Guarda Municipal ocupam o local.
Os sinais da depredação, porém, ainda eram visÃveis. Pelo menos quatro agências bancárias foram atacadas, além de uma lanchonete e uma loja de aparelhos de radiocomunicação. Um banco foi depredado na Glória.
Praça de Guerra no Centro
Policiais do Batalhão de Choque (BPChq) dispersaram, por volta das 22h30 desta terça-feira, manifestantes que entraram em confronto com PMs por volta das 20h quando os policiais tentavam desobstruir a Avenida Rio Branco, uma das vias do Centro que ficou fechada para o protesto pacÃfico dos professores em favor da Educação, na altura da Cinelândia.
A confusão ocorreu depois da manifestação sem incidentes, que reuniu entre 5 mil e 10 mil profissionais no Dia dos Professores, em passeata da Candelária até o local do confronto. Na ação, os policiais usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio.
O ato foi oficialmente encerrado à s 20h, pelo sindicato da categoria, mas cerca de 500 mascarados continuaram na região. Por volta das 23h30, os policiais do Choque fizeram um cordão de isolamento no entorno, incluindo a Câmara Municipal, e revistaram cerca de 80 pessoas que permaneceram no local. A ação, no entanto, foi marcada por truculência. Vários ativistas que ainda protestavam de forma pacÃfica tiveram mochilas revistas e foram colocados em ônibus da corporação. Algumas barracas em frente à Casa foram destruÃdas.
Radicais usaram como escudos chapas de aço que bancos e outros estabelecimentos instalaram para proteger as fachadas. O Batalhão de Choque lançou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral na Rio Branco. Os ativistas usaram fogos de artifÃcio e recuaram pelas vias que levam ao Aterro do Flamengo e à Lapa — ali a maioria dos bares e restaurantes fechou antes das 21h, o que não é comum.
Grupos mais agressivos voltaram à Cinelândia em ações em pontos separados, mas simultâneas, para continuar enfrentando a polÃcia. Na confusão, bancos e lojas voltaram a ser depredados. Fogueiras foram acesas no meio das pistas: sacos de lixo e lixeiras foram queimados. Havia vários focos de incêndio. Os bombeiros tiveram que ser acionados. Carros da polÃcia, entre ônibus e viaturas, foram depredados, e um deles chegou a ser incendiado.
Várias vias do Centro, como a Avenida Presidente Wilson e a Rua Primeiro de Março, ficaram interditadas. As estações de metrô da Cinelândia foram fechadas, por precaução. Vários mascarados foram detidos e levados para delegacias. Orelhões foram incendiados, placas arrancadas, pontos de ônibus destruÃdos. Pedras foram jogadas em direção aos PMs e nas janelas do Cine Odeon.
À tarde, durante a passeata dos professores, houve um princÃpio de tumulto quando um homem acusado de ser serviço reservado da PM (P2) foi expulso do ato.
Policiais militares do Rio usaram armas letais para dispersar manifestantes ontem. Pelo menos dois PMs dispararam tiros para o alto nos arredores da praça da Cinelândia, centro dos conflitos.
Por volta das 23h, a Folha presenciou o momento em que um PM sacou a sua arma e deu seis tiros para o alto na rua Araújo Porto Alegre, próximo à ABI (Associação Brasileira de Imprensa).
Os policiais acabaram cercados pelos jovens, alguns com máscaras. Sem bombas de gás, um dos PMs fez os disparos para o alto.
Duas horas antes, um fotógrafo registrou um policial dando tiros para o alto nas esquinas das ruas Santa Luzia com Graça Aranha.
Apesar de contato com a assessoria da PM, a corporação não respondeu se o comando autorizou o uso das munições letais.
Um jovem foi atingido ontem por um disparo de arma de fogo durante o protesto do Dia dos Professores, que culminou em violência, quebra-quebra e prisões. O rapaz está internado na ClÃnica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio.
Segundo investigadores, a origem dos disparos não foi identificada. Ele também disseram não ser possÃvel afirmar que os disparos tenham partido de policiais militares que tentavam conter o tumulto no centro do Rio.
Rodrigo Gonçalves Azoubel, 18, foi baleado no braço, passou por uma cirurgia e passa bem, segundo o hospital. No protesto, cerca de 200 pessoas foram detidas sob suspeita de praticaram atos de violência.
Segundo boletim médico da ClÃnica São Vicente, o “paciente baleado deu entrada com fratura aberta nos dois antebraços, tendo sido submetido a uma cirurgia e transferido para um quarto, com quadro estável.”
O hospital informou, ainda, que o jovem “permanecerá internado por mais uma semana” para ser “submetido a mais um procedimento cirúrgico, com o objetivo de fixação da fratura.”
Ontem, policiais militares do Rio usaram armas letais para dispersar manifestantes. Ao menos dois PMs dispararam tiros para o alto nos arredores da praça da Cinelândia, ponto central dos conflitos.
Por volta das 23h, a Folha presenciou o momento em que um PM sacou a sua arma e deu seis tiros para o alto na rua Araújo Porto Alegre, próximo à sede da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).
Os policiais acabaram cercados pelos jovens, alguns com máscaras. Sem bombas de gás, um dos PMs fez os disparos para o alto. Duas horas antes, um fotógrafo registrou um policial dando tiros para o alto nas esquinas das ruas Santa Luzia com Graça Aranha.
Apesar de contato com a assessoria da PM, a corporação não respondeu se o comando autorizou o uso das munições letais.