Daà a estranheza não pelo cheiro, mas pelo comportamento da torcida no Uruguai. O Terra esteve in loco para a cobertura de Danubio 1 x 2 São Paulo , no Estádio Luis Franzini, na noite da última quarta-feira. Passando por toda a arquibancada da acanhada arena para 14 mil pessoas, foi cena mais do que comum os torcedores fumando calmamente o seu baseado…ao lado de policiais militares. Faltou só perguntar se os PMs uruguaios queriam “um pega”.
“Te incomodo se tiro uma foto?”, resolvi perguntar para um torcedor do Danubio, que enrolava o seu baseado na maior paz do mundo no intervalo do jogo. “Não tem problema nenhum, pode vir, vamos conversar”, logo disse o simpático estudante Diego Pazos, 23 anos.
Enquanto desbelotava a erva e já a colocava na seda para enrolar e fumar o cigarro de cannabis, ele explicou que nos estádios uruguaios “sempre foi normal você fumar maconha, acho que como em vários paÃses”, mas que antes da legalização, “não era algo tão comum, que você fazia bem ao lado de um policial, por exemplo, sem que ele te incomode com isso”.
Fiquei pensando com os meus botões: se todos os fumantes resolvem acender um baseado ao mesmo tempo, diante da proximidade que um estádio tão acanhado como esse proporciona a jogador e torcedor, os atletas não iriam ficar “doidões por tabela”, dependendo como o vento soprasse? E olha que venta bastante na capital uruguaia. Enfim.