Ao reagir, o paciente ouve uma ameaça: “vai pegar uma vassoura para enfiar no… deleâ€
Uma clÃnica de reabilitação de Luziânia, região do Entorno do DF, é acusada de maltratar internos que tentam sair do mundo das drogas. VÃdeos exibidos com exclusividade pelaRecord BrasÃlia mostram cenas impressionantes de sessões de torturas e humilhação. Em determinado momento, um paciente chega a ser colocado nu e amordaçado dentro de um dos quartos. Ele tem os pés e maõs amarrados com um pedaço de pano.
No vÃdeo, o paciente reage aos maus-tratos, mas logo ouve uma ameaça: “vai pegar uma vassoura para enfiar no… deleâ€. Em outra imagem, o mesmo rapaz aparece sem roupas, deitado no chão de um quarto escuro, amordaçado e com as mãos e os pés amarrados novamente. O áudio do vÃdeo mostra que os torturadores zombam do homem, que não consegue nem se mexer.
— Ó o malandro. Nossa, que lindo! — dizem os torturadores no vÃdeo.
Em um terceiro vÃdeo, um adolescente que aparenta ter entre 13 e 15 anos também é colocado em um colchão e preparado para ser amarrado. O jovem chora desesperado enquanto alguém da clÃnica pergunta se ele pretende matá-lo e ameaça “contar tudoâ€.
De acordo com a denúncia, as pessoas que aparecem torturando os rapazes seriam funcionários da clÃnica. Mas, o coordenador e terapeuta da clÃnica, Glauber Carvalho, nega as acusações e garante que, quando o interno fica nervoso e agressivo, nunca usam de violência para contê-lo.
— Nós temos as medidas educativas que é, chega no fim da tarde, enquanto os outros estão no lazer, o que eles vão fazer? Vão lavar um banheiro, vão ser responsáveis pela limpeza da piscina, a lavagem de uma louça. Essas são as medidas educativas, nada de anormal como existem em várias outras clÃnicas onde eu inclusive já passei. Violência a gente já vivia lá fora, 24 horas por dia, quando há uma ameaça, alguma coisa, a gente simplesmente afasta, conversa e usa de maneira terapêutica e psicológica.
Ainda segundo Glauber, para conter um interno a clÃnica usa apenas de medicamentos.
— Ele é medicado, colocado dentro da casa, dorme e no outro dia já acorda mais calmo e não dá trabalho.
As famÃlias pagam cerca de R$ 1,2 mil por mês pelo tratamento, que pode durar de seis a nove meses. Ao assistir um dos vÃdeos, Glauber reconhece o interno e o funcionário que aparece fazendo torturas, mas garante que nenhum dos dois estão mais lá e que não sabia da ocorrência.
— Isso vai ser averiguado, eu vou apresentar isso para o dono da clÃnica porque aqui a gente abomina esse tipo de coisa. Vamos tomar as medidas necessárias.
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