A 13ª edição carioca da Marcha da Maconha reuniu cerca de mil pessoas em um ato neste sábado (7), em Ipanema, na Zona Sul do Rio. A concentração teve inÃcio no Jardim de Alah e em seguida os ativistas saÃram em caminhada pela orla da praia até o Arpoador.
Policiais do 23º BPM (Leblon) acompanharam a manifestação. Os organizadores pediram aos manifestantes que não fumassem durante a marcha. O trânsito da Avenida Vieira Souto foi bloqueado para o inÃcio da caminhada dos manifestantes.
O organizador André Barros, que também é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, disse que a manifestação foi garantida pelo Supremo Tribunal Federal, e que a negociação com o batalhão da PM foi tranquila.
“Eles estão aqui para garantir a manifestação. Em outros anos, houve uma repressão muito grande, mas agora está tudo acertado”, afirmou ele.
Marcos Fernandes, de 43 anos, tem uma filha de oito anos de idade, portadora da SÃndrome de Rett, que tem como um dos principais sintomas ataques fortes de epilepsia.
“Ela começou a tomar sem autorização, mas depois conseguimos a autorização da Anvisa para o canabidiol”, afirma ele. Segundo ele, os sintomas muito fortes causaram conseqüências fortes na filha.
, na Zona Sul do Rio (Foto: Henrique Coelho/G1)
Marcos participou pela terceira vez da Marcha da Maconha. Ele alerta que a luta, agora, é para que o óleo seja produzido no Brasil.
“A luta antes era para liberar o uso do canabidiol no Brasil, agora queremos que o óleo passe a ser produzido no Brasil, para que fique com mais fácil acesso para todos. Ela [filha] parou de andar, parou de comer pela boca, e o medicamento ajudou ela a sobreviver, junto com outros medicamentos. Ajudou a diminuir muito as crises dela”, afirmou.